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20 de November de 2015 | 17:48

Sintego reúne 25 escolas no Abraço Negro, na Assembléia Legislativa

O Sintego promoveu hoje(20), em Goiânia, a XIIª edição do Abraço Negro. Alunos, professores e pais de 25 escolas municipais e estaduais de Goiânia se reuniram na Assembléia Legislativa para fazer um abraço simbólico contra o racismo e o preconceito. O projeto “Abraço Negro” começou há 12 anos em Goiânia e hoje está em todo o Estado de Goiás, sendo realizado em Aparecida de Goiânia, Trindade, Anápolis, Luziânia, São Miguel do Araguaia, Silvânia, Itapuranga, Uruaçu e Niquelândia, e em outras das 34 regionais do Sintego.

Idealizadora do evento, a professora Iêda Leal, afirma que o Abraço Negro simboliza as atividades de combate ao racismo na educação pública. Secretária de Combate ao Racismo da CNTE e vice-presidente da CUT e do Sintego, Iêda Leal avalia que o evento é o momento para demonstrar para a sociedade o esforço dos educadores e dos sindicalistas em levar para as escolas uma educação sem racismo e sem intolerância. “O Brasil é um país plural e nós devemos respeitar toda pluralidade, e dizer que neste dia 20 de novembro que racismo é crime”, frisa.

 Professora da PUC-GO, coordenadora do programa de estudos e extensão afro-brasileiro da PUC-GO e mestre em História em Ciências da Religião, Janira Sodré diz que o ato é importante para dar visibilidade ao povo negro, à consciência negra e a ideia de que todos podem construir para uma sociedade democrática e uma educação livre de racismo. Presidente da CUT-GO, Mauro Rubem adverte que o racismo é uma das formas mais violentas de exploração do trabalho humano e sua persistência ainda nos dias atuais é uma mácula que da qual tem que se livrar a sociedade brasileira.

Presidenta do Sintego, Bia de Lima ressalta que há  12 anos o sindicato vem fazendo este trabalho de abraçar espaços públicos para mostrar à sociedade que é preciso o envolvimento de todos para eliminar o racismo, o preconceito e a desigualdade. “Em pleno século XXI o que se pratica de racismo no Brasil é assustador. E por isto cabe a nós, educadores, nos engajarmos nesta causa para que possamos ter a sociedade que sonhamos, onde as pessoas sejam respeitadas,  independente da cor da pele, do sexo, da profissão ou religião”, sintetiza.