Os professores(as) e administrativos(as) da rede municipal de Luziânia decidiram entrar em greve, por tempo indeterminado, a partir desta segunda-feira (18). A decisão foi tomada durante a Assembleia Geral da categoria na quinta-feira (14). De acordo com a presidente da regional do Sintego de Luziânia, Cláudia Albernaz a prefeitura não quer negociar com o Sindicato, além de não pagar a Data-base dos administrativos a 3 anos e a recomposição do Piso dos professores a 5 anos.
Entre as reivindicações da categoria estão o pagamento da Data-base dos administrativos, Piso dos professores, periculosidade, melhores condições de trabalho e auxílio-alimentação.
Ainda segundo a direção da RS do Sintego em Luziânia, 70% das escolas já estão paradas. A presidente da regional Cláudia Albernaz enfatizou que o prefeito Cristóvão Tormin se nega a receber a categoria para negociação.
O Ministério Público Estadual já deu parecer favorável as reivindicações da categoria e cobra da Prefeitura o atendimento a pauta de greve dos trabalhadores. Além do MP a comunidade, pais de alunos, estudantes, empresários e lojistas, estão apoiando o movimento dos trabalhadores em educação. Na Câmara de Vereadores, os parlamentares se dispuseram a tentar abrir um canal de diálogo entre o prefeito e o Sintego, para que as reivindicações sejam atendidas.
Histórico da paralisação
Na segunda-feira (11), professores e administrativos realizaram mais um ato em frente à Prefeitura de Luziânia, para buscar uma negociação com o prefeito Cristóvão Tormin.
Na semana passada os servidores da educação, juntamente com os da saúde, realizaram uma grande manifestação que percorreu ruas e avenidas da cidade para cobrar o respeito às leis do Piso e Data-base, bem como o auxílio alimentação, concursos e pagamento de periculosidade, direitos que não são cumpridos no município.
Os participantes do movimento fizeram uma caminhada para chamar a atenção da população para o descaso que a atual gestão tem tratado os servidores do município: "Precisamos conscientizar o povo sobre a nossa realidade, precisamos mostrar que o governo Tornim, não é esse paraíso pintado em propagandas enganosas, como ele adora mostrar", disse a presidente da RS do Sintego.