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21 de March de 2018 | 17:05

Ato na porta do Tribunal de Justiça marca uma semana da execução de Marielle Franco

“Marielle, presente!” entoava o grupo que organizado pelo SINTEGO, Movimento Negro Unificado (MNU) e CUT fizeram um ato na porta do Tribunal de Justiça, hoje, 21 de março, dia Internacional de Luta Pela Eliminação da Discriminação Racial. Uma semana após a execução da Vereadora Marielle Franco, jovem negra defensora dos Direitos Humanos.  Ao final do “Ato Pela Vida das Mulheres” foi protocolada uma carta no Tribunal de Justiça pedindo rigor nos casos de feminicídio em Goiás.

Durante a mobilização a presidenta do SINTEGO, Bia de Lima, foi enfática da importância de se fazer esse movimento. “Nós, na verdade, não gostaríamos de estar aqui, mas é preciso. É preciso dizer aos juízes, desembargadores e para todos da justiça que nós não aceitaremos a impunidade do caso Marielle e também não aceitaremos a impunidade nos assassinatos de milhares de mulheres todo ano aqui no estado de Goiás”, declarou Bia de Lima.

A coordenadora nacional do Movimento Negro Unificados, Ieda Leal, lembrou que o Brasil ainda é uma país muito violento contra as mulheres. “De 11 em 11 minutos, existe no Brasil uma mulher que é violentada, nós precisamos denunciar, nós não vamos nos calar.” Ao final de sua fala arrematou: “feminicídio é crime, racismo é crime, homofobia é crime, portanto cadeia para os criminosos.”

A secretária de Igualdade Racial do SINTEGO, Roseane Ramos, lembrou que Goiás é o segundo estado em feminicídio e violência contra as mulheres.

O dia 21 de março foi inteiro de atividades e mobilizações no Dia Internacional de Luta Pela Eliminação da Discriminação Racial. Pela manhã na sede da CUT, houve  uma Troca de Saberes, com a exposição de um trabalho do SINTEGO que cresce a cada ano, o  “Abraço Negro” que já é realizado em várias cidades do Estado de Goiás. A  Deputada Adriana Accorsi também apresentou o trabalho realizado nos casos de exploração sexual contra crianças e jovens negras em Cavalcante (GO).

A carta protocolada hoje no Tribunal de Justiça de Goiás foi intitulada CARTA ABERTA DAS MULHRES GOIANAS/ MARIELLE VIVE EM NÓS. Ao final da carta há a frase MULHERES EM MARCHA COM A PARCERIA DE TODOS(AS) OS EDUCADORES(AS) DE GOIÁS. As fotos da mobilização estão compartilhadas nas redes sociais do SINTEGO com a hashtag #nenhumaamenhos e #vidasnegrasimportam