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30 de April de 2021 | 13:44

1º de Maio: Entenda onde a luta começou

O dia 1º de maio foi escolhido para ser celebrado o Dia do Trabalho como forma de manter viva na memória de todos/as as duras lutas que marcaram a história do movimento dos trabalhadores no mundo. A data homenageia os trabalhadores da cidade de Chicago que, nesse dia, em 1886, enfrentaram forte repressão policial por reivindicarem melhores condições de trabalho e, principalmente, uma jornada de oito horas. Muitos desses trabalhadores foram mortos, presos e julgados injustamente se tornando símbolos da causa.

No dia 13 de maio de 1888, uma lei acabou com a escravidão no Brasil, último país onde esse sistema de trabalho ainda vigorava, a partir daí a defesa de condições mais dignas começou a tomar forna no país. Em 1891, a II Internacional Socialista, aprovou no Congresso de Bruxelas que no dia 1° de Maio haveria demonstração única para todos os trabalhadores, de todos os países, com caráter de afirmação de luta de classes e reivindicação de oito horas de trabalho.

Diante desta situação, a própria elite burguesa decidiu que o melhor caminho seria tirar o caráter revolucionário e de luta opositora, para tornar a data em feriado e símbolo da luta trabalhista. A primeira comemoração em praça pública do 1º de maio no Brasil aconteceu em 1892 em Porto Alegre, mas a data só foi oficializada em 1924, durante a gestão do presidente Arthur Bernardes e logo após, cooptada por Getúlio Vargas.

Foi em um Primeiro de Maio, durante o governo Vargas, que foi criada e sancionada então a Consolidação das Leis do Trabalhos (CLT) em 1943. A legislação trabalhista passou a abranger 922 artigos para garantir os direitos de boa parte dos trabalhadores, com determinações sobre a duração da jornada de trabalho, férias, segurança do trabalho, previdência social e fixação do salário mínimo.

Ao longo de seus mais de cem anos, o Primeiro de Maio conquistou uma série de direitos em vários países, mas a luta não para: a data existe para ser celebrada pelo que se conseguiu, mas também existe como forma de protesto pelo que ainda há de se conseguir. 

Entidades como o SINTEGO lutam, por todo o Brasil, para garantir a valia dos direitos já existentes e para que todas as categorias sejam mais valorizadas. Seguimos na luta, especialmente em um momento como o que estamos vivendo,  onde os/as profissionais estão sendo tão negligenciados. 

#SINTEGOnaluta