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29 de June de 2015 | 20:06

Decisão sobre a greve está nas mãos dos deputados

O Sintego lotou hoje a galeria da Assembleia Legislativa de Goiás para acompanhar a votação do Projeto de Lei de reajuste do Piso salarial dos professores, previsto para ser apreciado em sessão extraordinária, mas, por pressão dos trabalhadores, o PL foi retirado de pauta.

De acordo com a proposta enviada pelo Governador Marconi Perillo, o pagamento deverá ser feito em agosto, retroativo a janeiro somente para PI, PII e professor assistente A, B, C e D.

A presidenta Bia de Lima conversou com vários deputados da base do governo, informando sobre as perdas acumuladas nos últimos anos, com o desrespeito à Lei 11.738/08 e buscando apoio para a não aprovação do projeto.

Entre 2013 e 2014, os docentes PIII e PIV sofreram calote de oito meses que, acumulados com os sete meses previstos no PL que está em tramitação,  gerarão prejuízos de R$ 3.830,99 (PIII) e de R$ 4.319,45 (PIV). Em ação protocolada pelo Sintego, a justiça já decidiu que o governo tem de pagar os meses de janeiro, fevereiro, março e abril de 2013.  

Até o final da tarde, o Sintego buscou entendimento com a presidenta da Comissão de Educação da Assembleia, deputada Eliane Pinheiro, para que intercedesse junto ao governador, no sentido de alterar o projeto, atendendo a reivindicação da categoria.

Após várias tentativas de negociação com a deputada e o governo, Bia de Lima informou que o destino da greve na Rede Estadual de Educação está nas mãos dos deputados e o resultado da votação.

“Conversamos com vários parlamentares e queremos acreditar que eles vão ficar do lado dos trabalhadores e de toda a sociedade goiana. Não viremos mais para o plenário, deixaremos para a consciência de cada um fazer cumprir a Lei do Piso ou prejudicar os professores estaduais e milhares de estudantes das escolas da rede pública”, explicou Bia.