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03 de May de 2019 | 14:06

Deputados votam contra o nome da professora Bia de Lima para o Conselho Estadual de Educação, alegando que ela defende a ideologia de gênero

A professora Bia foi indicada à uma vaga para Conselho Estadual de Educação pelo Fórum Estadual de Educação de Goiás (FEE-GO), criado pela Lei Complementar 26/1998, conforme Art. 26 da referida Lei.

O FEE/GO é um órgão de articulação com a Sociedade Civil Organizada, que tem por objetivo estudar, discutir e propor soluções alternativas para o desenvolvimento da educação, cultura, ciência e tecnologia. Atua como órgão de cooperação com os órgãos de administração geral do Sistema Estadual de Ensino e é composto por representantes do governo e da sociedade civil, contabilizando 27 Instituições/Entidades.

No dia 3 de abril do corrente ano, professora Bia, juntamente com outros nomes também indicados/as às vagas no CEE, foram convidados para uma sabatina, feita pelos/as Deputados/as Estaduais, na Assembleia Legislativa, sendo esta, uma etapa de um processo legal de tramitação na ALEGO para composição do referido Conselho.

O processo transcorreu dentro da ordem, tendo sido solicitado pedido de vistas da indicação do seu nome para a vaga, pelos parlamentares Paulo César Martins, Hélio de Sousa, Major Araújo, Vinicius Cirqueira e Humberto Teófilo, que posteriormente foi aprovado pela CCJ, no entanto, foi rejeitado em votação única no dia 30 de abril, obtendo 16 votos a favor e 12 CONTRA, onde precisaria de 21 votos para aprovação.

Os DOZE parlamentares em destaque, Iso Moreira, Amauri Ribeiro, Amilton Filho, Cairo Salim, Chico KGL, Henrique César, Humberto Teófilo, Jeferson Rodrigues, Zé Carapô, Julio Pina, Paulo Trabalho e Rafael Gouveia, que fundamentam a rejeição do nome de Bia, alegando que ela defende a ideologia de gênero, entretanto, esta não é a pauta em que a mesma atua. Ao ser questionada, assim como outros/as ali indicados/as não foram, no momento da sabatina, conduzida pelos/as deputados/as, ela apenas afirmou que todas as pautas são importantes de serem discutidas em debate justo, visando a construção da Educação de qualidade e efetivamente para todos/as.

A professora Bia de Lima tem um histórico de mais de 30 anos de luta, uma história marcada por conquistas de direitos em defesa dos/as trabalhadores/as da Educação Pública e da Escola de qualidade, com proposito único de defender a categoria, do trabalho da classe, e da legitimidade da profissão, quer sejam professores/as, quer sejam servidores administrativos. Além do histórico de atuação na educação pública estadual e municipal, conta ainda com um currículo que em nada desabone tecnicamente, sendo uma profissional altamente qualificada e capacitada, comprometida com seu trabalho e com ética profissional, condições satisfatórias que norteiam um profissional para ocupar a cadeira do CEE.

O voto contra a professora Bia, foi um voto contra a defesa da Educação da Escola Pública, Laica, Gratuita, e de Qualidade Social para todos/as, e também contra o pensamento plural e a diversidade de posicionamentos.