A licença prêmio é garantida por lei. Contudo, o servidor precisa enfrentar um longo processo burocrático, tendo que, entre outras exigências, garantir um substituto da rede o qual a própria rede não dispõe. Na maioria das vezes, o processo é encerrado com um simples carimbo: INDEFERIDO.
O trabalho é duro, desgastante; a jornada é pesada, o salário é baixo. Mas é preciso sorrir, pois a ele é recomendado: "problemas de ordem pessoal devem ser guardados em casa!"
O professor tem forma de gente, mas não é tratado como gente. Talvez isso explique o baixo salário. Uma vez que a remuneração vem para suprir necessidades básicas, se ele não é visto como humano, consequentemente, não possui necessidades, portanto, não justifica salário.
Se todas as profissões passam pela educação e esta se reduz a nada, ou a quase nada, é urgente que se repense essa sociedade.
Ao professor, cabe lutar pelos seus direitos e conquistar seu espaço.
Margareth Barreto
Professora aposentada, secretária de Aposentados do Sintego