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08 de December de 2015 | 17:30

Audiência denuncia perigos da privatização das escolas através das OSs

De acordo com o professor Wanderson Ferreira Alves, da UFG, chega-se à constatação de que as OSs reduzem o conteúdo, reduzem os salários, acabam com a carreira e robotizam os estudantes para uma escola que não tem compromisso com a diversidade, ou uma formação humana integral, como reza os princípios da LDB (Lei de Diretrizes de Base da Educação).

 

Presidenta do Sintego, Bia de Lima diz que é preciso denunciar as reais intenções do governo com as OSs: privatizar o ensino e acabar com a carreira dos professores. “Faço o desafio que o Estado passe para as escolas públicas, sob responsabilidade dos diretores eleitos, o mesmo recurso que passariam para as OSs. Se o Estado der aos diretores das escolas a oportunidade de fazerem as mudanças que precisam ser feitas, as escolas vão melhorar”, garante.

Na sequência das exposições e falas, abriu-se oportunidade para perguntas e questionamentos. A maioria dos presentes na audiência demonstrou preocupação com a ameaça real do fim da carreira, pois há dezesseis (16) anos não é realizado concurso para administrativos e há seis (6) anos, não se faz concursos para professor. “Se o governo quer acabar com os concursos e contratar somente através das OSs, quem vai contribuir para o fundo de previdência dos professores?”

Vice-presidenta do Sintego e da CUT-GO, Iêda Leal diz que os esclarecimentos prestados na audiência foram fundamentais para categoria se mobilizar na defesa de suas carreiras e seus direitos. “O Sintego buscou o diálogo com este governo de todas as formas e ele age como se nós não existíssemos. Vamos mostrar para estas pessoas que nós, professores, administrativos, estudantes, pais e mães de alunos existimos”, frisa.