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02 de February de 2016 | 18:30

Ato nacional une sindicatos de Goiás e de todo país contra as OSs na Educação

Odeni de Jesus, presidenta do Sinte-PI manifesta o apoio aos professores de Goiás. Ele salienta que as OS são um projeto, nocivo para a Educação brasileira e está se propagando pelo país inteiro. Ela conta que no Piauí o sindicato se movimenta contra a militarização de duas escolas e já foi abortada no Estado a implantação de OS na Educação e na Saúde. “No Piauí  houveram  tentativas de levar as OS para a Educação e para hospitais públicos, e este movimento fracassou graças à grande mobilização da sociedade organizada,do Sinte-PI,  da CUT e do Ministério Público. Odeni adverte que o discurso dos governos é enganador, alegando que com as OS a escola terá um melhor Ideb e que irá melhorar a gestão, garantindo educação de qualidade. “Com este discurso, ganham uma parcela da comunidade, negando inclusive os bons resultados da escola pública”, esclarece.

Alvísio Jacó, diretor do Sinte-SC e secretário executivo da CNTE, afirma que é preocupante para toda a educação no Brasil a atitude do governo de Goiás, à medida em que se trata de um processo de privatização da educação. “O exemplo que o governo de Goiás dá é condenado por todos que defendem a educação pública”, informa. Segundo Alvísio, em todos os Estados onde os governos tem orientação neoliberal, eles querem tirar proveitos da Educação. Em Santa Catarina ele relata que o governo do Estado mudou a lei para escolha dos diretores das escolas instituindo que só podem participar aqueles que não tenham tido nenhuma falta na sua ficha profissional. “Ora, só não tem falta quem não participa de movimentos. É uma medida clara para excluir sindicalitstas da lista”, denuncia.

Secundaristas

Entidades de defesa dos estudantes como a UEE, UBES e o movimento Secundaristas Ocupam de Verdade participaram da manifestação ao lado da Frente Popular de Goiás e Frente Povo sem Medo. Rejane Silva Santos, estudante secundarista, afirma que participou por 40 dias da ocupação do Colégio Robinho Martins por considerar que as OS são incapazes de tomar conta do seu colégio. “OS é mais uma desculpa para roubar o dinheiro do povo”, reage.” Eu não tenho condições de pagar uma escola privada, e se privatizar nosso colégio, não tenho condições de pagar mensalidade”, desabafa.

Gabriel Tatico, coordenador da UGES (União Goiana dos Estudantes Sedundaristas), salienta que os secundaristas de Goiás identificam as OS como uma metodologia para continuar desviando dinheiro da Educação, e por isto são contra. ”As OS servem para desviar dinheiro que os estudantes e os trabalhadores conseguiram com muita luta, como foi a lei que destina 10% do PIB para a Educação, 75% dos royaltes do petróleo e 50% do fundo social do pré-sal para a Educação. A gente identifica que estas empresas estão de olho neste dinheiro que está vindo. Não vamos permitir, vamos continuar na luta até a vitória”, afirma.

Unidade

No encerramento do Ato Nacional contra as OS, a presidenta Bia de Lima agradeceu a união de todos os sindicatos e entidades contra a privatização da Educação. “O ano letivo de 2016 só está começando e a nossa luta pela escola pública não está começando agora, a nossa luta é histórica, tem mais de 30 anos de organização, e é por isto que estamos aqui para reafirmar que não vamos permitir que este governo entregue para o setor privado o patrimônio do povo, seja a Celg, seja a escola pública”, frisa. “Quero agradecer a cada estudante, cada dirigente de sindicato, cada entidade, cada movimento social  e agradecer às deputadas estaduais Adriana Accorsi e Isaura Lemos e todos que se fizeram aqui presentes para defender a escola pública, gratuita e de qualidade”, concluiu.

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