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21 de October de 2016 | 14:49

Fórum estadual discute problemas e aponta mudanças que prejudicam educação

A discussão de problemas que afetam diretamente a educação no Brasil, sobretudo no Estado, foi debatida no Fórum Estadual de Educação de Goiás. O evento reuniu na noite desta quinta-feira (20), profissionais da educação, estudantes e professores no Auditório da Faculdade de Educação da UFG.

Na pauta de discussões temas como a transferência das Escolas Estaduais para Organização Social – OS na rede pública de ensino; a PEC 241, que congela os gastos públicos por 20 anos; a Medida Provisória 746 que traz reformas duras no Ensino Médio e o Projeto Escola Sem Mordaça (Sem Partido).

O debate reuniu nomes importantes ligados à temática do evento como a presidenta do Sintego, Bia de Lima; os professores Sérgio Inácio do Nascimento e Fernando Lacerda, além da representante do Dieese/Goiás Leila Brito.

Proposta Ineficaz

A discussão em torno da PEC 241 trouxe informações importantes como as contradições na justificativa apresentada pelo Governo para aprovação da Proposta e as mudanças bruscas que impactariam diretamente todos os brasileiros.

“Fizemos um estudo que levantou os gastos públicos desde 1998, que mediu a evolução do Produto Interno Bruto – PIB, a inflação e principalmente os gastos públicos. Os números revelam um forte desequilíbrio fiscal nos últimos anos, sobretudo a partir de 2012, influenciados pela queda da receita e não pelo descontrole das despesas, o que contradiz o discurso apresentado pelo Governo. O problema em questão não está nos gastos públicos e sim nas receitas que estagnaram. Esta PEC é ineficaz, porque serão excluídas do limite de gastos estipulado pela PEC, as despesas financeiras, ou seja, as relacionadas aos pagamentos de juros e amortização da Dívida Pública que correspondem ao maior peso de gastos, ou 45% do orçamento da União.”, afirmou a supervisora técnica do Dieese, Leila Brito.

Educação não se muda

Já a presidente do Sintego, Bia de Lima, retratou os problemas que as mudanças sugeridas pelo Governo Federal trarão ao ensino no Brasil.

De acordo com a presidenta “educação não se muda com medida provisória”. Ela destaca que esta proposta apresentada está indo na contramão do que estava sendo discutido pela classe desde 1998, onde se construiu uma pauta de avanços significativos e melhorias que garantiam a qualidade do ensino.

“Não se está discutindo de forma ampla estas mudanças. O governo justificou a MP, afirmando que se fosse enviada para o Congresso demoraria uma década para ser construída e aprovada. Esta proposta deixa de lado avanços significativos e exclui modelos importantes que estão dando resultados”, destacou.