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21 de October de 2016 | 14:49

Fórum estadual discute problemas e aponta mudanças que prejudicam educação

Ainda segundo Bia de Lima, esta proposta afasta as discussões e reflexões da sala de aula, colocando no mercado “jovens que ficarão sem perspectiva de futuro, que não questionam e com uma visão de futuro diferente da realidade”. 

“Eles estão destruindo nossa classe e formando jovens sem senso critico. Nós defendemos uma escola pública de qualidade, com reconhecimento e valorização dos profissionais. Precisamos avançar e promover um debate que mostre que medidas como estas não vão contribuir com a educação que nossos jovens precisam”, criticou.

Defendendo a educação

“Estamos prontos para defender a educação. Eles querem privatizar tudo!" afirmou o professor Sérgio Inácio do Nascimento, de Anápolis, ao defender a permanência do modelo de ensino atual.

De acordo com o professor, a entrega das escolas para a Organização Social “Grupo Tático de Resgate (GTR) não trará melhorias ao ensino público. Ele sustenta que não está sendo discutido de forma ampla esta mudança com os setores que serão impactados diretamente.

“O Governo quer implantar um modelo que já temos exemplos que não deram certo. O que propomos para a educação são mudanças na qualidade do ensino e que realmente possibilitem ao aluno o crescimento intelectual. As ocupações das escolas em todo o Estado demonstram a insatisfação da classe e, principalmente, dos alunos neste modelo arbitrário que querem implantar”, afirmou.

Escola Sem Partido

Segundo o professor da UFG Fernando Lacerda, as propostas que estão em pauta para mudanças, chamadas de “Escola Sem Partido”, limitam consideravelmente a participação do professor em sala de aula, tornando-o mero “transmissor de conteúdo”.

O professor sustenta que esta proposta apresentada pelos parlamentares conservadores deixa de lado as discussões sobre os problemas que o Brasil enfrenta e elimina a criticidade dos alunos de questionarem e apresentarem seus posicionamentos.

“O papel da escola dentro da formação do aluno é fundamental. O que está em jogo é uma crise social não apenas política. A escola é um dos poucos espaços que as crianças e jovens têm para discutir e ouvir outros pensamentos e valores, portanto devemos respeitar isso!”, finalizou.