Artigo publicado no Jornal O Popular dia 12/12/2019
Como apresentar bons índices estudantis diante do desmonte pelo qual passa a Educação, provocado por medidas prejudiciais do próprio governo estadual?
Foi aprovada no último dia 4, em primeira votação, a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) da Educação que reduz a verba vinculada da Educação Básica de 27% para 25%, na quarta tentativa da administração de Ronaldo Caiado (DEM) em reduzir os recursos para a pasta, sem que haja o pagamento dos reajustes garantidos por Lei, como o piso salarial, a data-base e as progressões, precarizando o trabalho e desestimulando sobremaneira a categoria.
A proposta da reforma da Previdência aumenta em aproximadamente 15 anos o tempo de serviço para os professores. Tal projeto, além do acréscimo da alíquota previdenciária, que pode chegar a até 22,5%, dificulta ainda mais a aposentadoria.
Em meio a todo esse ataque ao funcionalismo público, é preciso destacar a reforma administrativa, que retira direitos importantíssimos para os trabalhadores, como o quinquênio e o benefício da licença-prêmio.
Em uma conta simples, com a aprovação das reformas, 90% dos salários dos trabalhadores da Educação voltarão para o governo. Como teremos condições de oferecer uma boa qualidade de ensino, se nos faltam condições para ir e vir do trabalho, comer, vestir, estudar?
É comum e recorrente debitar na conta dos servidores as mazelas da máquina administrativa. Os gestores gastam mal o dinheiro do contribuinte, os recursos se perdem nos sorvedouros da corrupção e nos afagos aos grandes empresários, enquanto aqui embaixo quem carrega o piano sofre todo tipo de perseguição.
Não vamos tolerar que o mesmo governo que acena com isenções tributárias milionárias para empresas que sequer geram empregos suficientes para justificar os benefícios que usufruem venha agora destruir as carreiras e colocar em cheque a própria dignidade dos trabalhadores da Educação. Exigimos respeito!