Comunicação

16 de April de 2021 | 14:30

Pela vida dos trabalhadores da Educação, vacina já!

Artigo publicado no Jornal Diário de Goiás dia 16/04/2021.

 

Assim que a primeira quarentena teve início, em Goiás, as escolas tiveram que fechar as portas para preservar vidas e conter a disseminação da Covid-19. Apesar disso, o trabalho continuou em outra plataforma. De repente, os profissionais da Educação tiveram que se adaptar ao ensino remoto, adquirindo equipamentos e utilizando as mais diversas ferramentas para manter a qualidade do ensino, à distância. 

À exceção dos servidores administrativos, pois continuam indo às escolas presencialmente para a entrega dos kits alimentação e demais atendimentos, tendo que se desdobrar sem retorno ou valorização. Especialmente os servidores da rede estadual, que estão há anos sem recomposição salarial e a maioria dos professores sem o reajuste previsto em Lei, o Piso do magistério. 

Desde aquele momento, temos cobrado a vacinação de toda a categoria, professores e administrativos, que são tão fundamentais para o pleno funcionamento das instituições de ensino. 

Afinal, uma escola sem seus profissionais é apenas um espaço vazio -seja remota ou presencialmente- e um espaço que infelizmente tem se esvaziado aos poucos, devido às dezenas de profissionais mortos em decorrência do vírus. Deixam um legado à Educação e a vida de tantos estudantes que transformaram, e ao mesmo tempo, um alerta da urgência da vacina para este segmento.

Muitos já procuraram o sindicato em busca de socorro, em busca de uma mão amiga. E muitos relataram ter se contaminado durante o ensino híbrido. Afinal, essa batalha entre manter as escolas abertas ou fechadas ainda perdura. 

No município de Goiânia, por exemplo, tramita um Projeto de Lei que torna a Educação um serviço essencial e possibilita o retorno sem vacina. Perguntamos: Como um CMEI voltará a ter crianças, sem a vacinação dos profissionais da Educação? Quem irá garantir a segurança? O SINTEGO está mobilizado pela não aprovação do projeto, já que este retorno colocaria a vida de toda comunidade escolar em risco. 

Há que se considerar, os primeiros dados em testes em crianças e adolescentes no estado foram alarmantes. Todas as positivadas estavam assintomáticas, mas poderiam transmitir o Coronavírus. Ano passado, Manaus teve a experiência de abrir escolas sem vacina e o aumento exponencial na contaminação dos trabalhadores obrigou ao fechamento das unidades poucos dias depois. 

Após muita cobrança e diálogo com o sindicato, o Governo de Goiás anunciou a vacinação da Educação após a segurança pública, temos a perspectiva de que comece em maio, com a primeira dose. 

Agora, cabe a nós dirigentes e a toda população goiana fiscalizar a célere chegada e distribuição das vacinas para imunização da categoria, dessa forma, o retorno presencial poderá ocorrer de forma segura e responsável.

Bia de Lima, presidenta do SINTEGO e da CUT Goiás




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