Há 14 anos o dia 18 de maio se tornou uma importante data de luta para a sociedade brasileira. O Dia Nacional de Combate ao Abuso e à Exploração Sexual de Crianças e Adolescentes foi instituído pelo Projeto de Lei da Deputada Rita Camata, e se tornou a Lei Federal n.º 9.970/2000.

A lembrança da menina Araceli Cabrera Sanches, de 8 anos, sequestrada, drogada, espancada, estuprada e morta em 18 de maio de 1973, por membros de uma tradicional família capixaba - que saiu impune por falta de denúncia -, ainda causa indignação e revolta 40 anos depois. 

A data vem manter viva a memória nacional, reafirmando a responsabilidade da sociedade brasileira em garantir os direitos de todas as suas crianças e adolescentes. E objetiva mobilizar toda sociedade para a prevenção, responsabilização e denúncias desses crimes.

A escola é mais um instrumento para a detecção de crianças abusadas. Os educadores precisam estar preparados para lidar com esse tipo de situação. A inclusão de temas conexos em currículos universitários pode auxiliar os profissionais da área a detectarem o problema, que na grande maioria dos casos, acontece dentro do ambiente familiar.

Mas proteger nossas crianças e adolescentes é papel de todos, da família, da escola, das autoridades e de toda a sociedade. O dia de hoje reafirma a importância de se denunciar e responsabilizar os autores de violência sexual contra a população infanto-juvenil. É preciso fortalecer as ações e enfrentar o problema envolvendo toda a sociedade, lembrando-se do cuidado e da necessidade de defesa do direito de meninas e meninos crescerem de forma saudável e protegida.