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09 de September de 2021 | 08:26

Governo Bolsonaro e MEC querem dividir Institutos Federais com olho apenas nas eleições do ano que vem

O Barão de Itararé já nos dizia que “de onde menos se espera, daí é que não sai nada”. O que esperar de um ministro da educação que compõe um governo com um presidente como Bolsonaro? O ministro da educação Milton Ribeiro não poderia oferecer nada ao país que não estivesse ancorado no projeto político encampado pelo seu chefe maior. A última novidade desse governo corrupto é dividir a gestão dos Institutos Federais sem se saber sequer ao certo sob quais motivações e interesses se dariam essas mudanças.

Como se sabe, os Institutos Federais foram expandidos em muito quando da época do governo do ex-presidente Lula que, de forma visionária, dobrou a oferta de vagas desse segmento da educação de 500 mil estudantes para 1 milhão. Além de ter representado uma política de cunho fortemente democratizante, interiorizou a educação técnica e de nível médio pelo país afora com uma política educacional de excelência. O Brasil passou a ofertar educação pública e de ótima qualidade nos rincões mais afastados dos grandes centros urbanos, com escolas de alto nível que atingiam, ano após ano, as melhores notas nos sistemas de avaliação do próprio MEC.

Sob o argumento de que as gestões de muitos Institutos Federais estão agora comprometidas pela distância de muitas reitorias com seus campi, e alegando que essa divisão pode trazer “possibilidades de expansão de oferta”, o MEC do ministro Milton Ribeiro sequer escamoteia suas principais motivações. Agora, diante da escassez de recursos que toda a educação brasileira sofre, e em especial esse segmento dos Institutos Federais, o governo Bolsonaro e sua marionete no MEC só pensam nas eleições de 2022. Dividindo os campi e artificialmente criando “novos” Institutos, a medida só se presta a tentar impor mais controle sobre a educação brasileira e, nesse caso em particular, com a intenção de indicar os novos reitores dos campi divididos, o objetivo dessa mudança agora é meramente eleitoreira.

A educação brasileira só poderá ter algum respiro quando todo esse governo cair!

O povo não suporta mais tanto desmando!

Pela educação de nosso povo, Fora Bolsonaro!

Brasília, 08 de setembro de 2021

Direção Executiva da CNTE

 

FONTE: CNTE