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01 de November | 16:57

Professores de Avelinópolis driblam dificuldades para garantir as aulas

Avelinópolis, distante 74 quilômetros de Goiânia, segundo o Censo 2010, do IBGE, possui 2.450 habitantes. O município conta com duas escolas públicas, uma municipal e uma estadual, que atende 298 alunos da 6ª série ao 3º ano do ensino médio.


Na última nota do Ideb, referente aos anos de 2010 e 2011, divulgada em agosto pelo MEC, o Colégio Estadual Alfredo Nasser, obteve índice de 3,7, superior ao de 2009, que ficou em 3. No próximo levantamento, a preocupação é de que o índice não será atingido, já que o rendimento dos alunos caiu cerca de 30%, devido às condições de estudo.


A escola, que até março deste ano funcionava em um prédio amplo, com 10 salas para receber todas as turmas, hoje funciona no local que abrigava o Programa de Erradicação do Trabalho Infantil (PETI). Mas, se a situação é ruim assim, poderia estar pior... muito pior.


Desocupação

O prédio do Colégio Alfredo Nasser foi desocupado em março para reforma geral na estrutura física (banheiros, cozinha, vestiários), instalações hidráulica e elétrica, vidraças e pintura em geral e a ideia da Seduc era levar as aulas para o ginásio de esportes da cidade, um local aberto, onde as turmas estariam todas misturadas. Com a negativa dos professores em lecionar nessas condições, os pais seriam obrigados a transferir os filhos para estudar em outra cidade. Tentando resolver o problema, o prefeito Agmon Leite da Costa cedeu o prédio do PETI.


Improvisar para educar

O problema foi amenizado, não resolvido. No novo local, as turmas se revezam semanalmente em quatro salas de aula normais e outras três improvisadas no pátio, sob lona e/ou coberta com telha de amianto, enfrentando o calor insuportável no período da seca, ou molhando no período de chuva.


A biblioteca foi transferida para o quiosque, as aulas de educação física são feitas na rua, que é fechada pela Polícia Militar, o projeto Mais Educação foi dividido, ficando o letramento e matemática no quiosque; a natação, no clube do município; a capoeira e o judô, na escola municipal.


Reforma interminável

A obra, orçada em R$ 351.017,42, deveria ter sido concluída em julho, mas ainda hoje falta ligar as instalações elétrica e hidráulica, e a previsão de que volte a funcionar na segunda quinzena deste mês pode não se concretizar, pois, ao serem perguntados, os operários respondem com um “não me faça pergunta difícil”.

 

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