Em assembleia realizada na última sexta-feira (19), os professores da rede municipal de Leopoldo de Bulhões decidiram retornar às suas atividades a partir de amanhã (23), mesmo não tendo recebido os salários atrasados referentes aos meses de julho a setembro.

 

“A categoria decidiu por suspender a greve e aguardar a decisão da Justiça sobre a ação de cobrança movida contra o prefeito. Acreditamos que com essa ação, o prefeito cumpra com sua obrigação de pagar os salários e regularize a situação desses profissionais”, afirmou a presidenta do Sintego, Iêda Leal.
  

Em greve desde o dia 14 de agosto, os educadores leopoldenses haviam decidido só retornar ao trabalho após o pagamento de julho e o terço das férias, aceitando negociar o recebimento dos meses de agosto e setembro, depois do reinício das aulas. No entanto, o prefeito de Leopoldo de Bulhões novamente não cumpriu o acordo, pagando apenas dez dos 54 professores, sem explicar quais foram os critérios utilizados para esse pagamento e também sem informar à categoria quando quitará os outros meses restantes.
  
O grupo de professores fará uma comunicação oficial ao MEC, relatando as denúncias de irregularidades na educação para garantir que o Governo Federal possa ajudar no cumprimento das prestações de contas do município.
 

Confundeb
O Sintego protocolou também uma representação no Tribunal de Contas dos Municípios contra o prefeito Raimundo Nonato Diniz, pedindo que o órgão tome as medidas necessárias para garantir o pagamento dos salários atrasados dos servidores da Educação de Leopoldo de Bulhões e que seja verificado o destino das verbas do Fundeb, como também, o cumprimento da lei que rege sua criação. Segundo a Regional Sindical de Silvânia, o projeto de lei que cria o Conselho de Fiscalização do Fundeb, o Confundeb, finalmente foi encaminhado para a Câmara de Vereadores de Leopoldo de Bulhões, mas ainda não foi apreciado.