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05 de November | 16:55

Sintego questiona projeto de escolas de tempo integral

A presidenta do Sintego, professora Iêda Leal, e o Secretário de Assuntos Jurídicos, Pedro Soares, se reuniram na tarde da última quinta-feira (01) com o Subsecretário Metropolitano, Marcelo Ferreira de Oliveira, para conhecer o projeto da Secretaria de Educação que transforma unidades escolares de referência do Ensino Médio em escolas de tempo integral. 

“O Sintego não é contra escolas de ensino integral, pelo contrário, todos lutamos para que os estudantes passem mais tempo nas escolas. Porém, o governo não apresentou esse projeto para ser discutido com os trabalhadores da Educação, não informou à comunidade escolar como serão as mudanças, e também não enviou nenhum projeto para o Conselho Estadual de Educação. Essa é a nossa preocupação, pois as mudanças serão efetivadas já no ano letivo de 2013”, ressaltou Iêda.

Ao todo, 15 escolas de referência em Goiás serão transformadas em unidades de ensino médio integral, sendo oito delas em Goiânia, como por exemplo, o tradicionais Lyceu de Goiânia, Pedro Gomes, José Carlos de Almeida e Pedro Xavier Teixeira. 

O subsecretário não apresentou o projeto, mas informou que os professores vão trabalhar em regime de exclusividade, cumprindo sua jornada de 40 horas na mesma instituição. Os trabalhadores que não tiverem essa disponibilidade serão transferidos para outras escolas. Também os alunos que não tiverem interesse ou disponibilidade de estudarem nessas unidades, serão matriculados em outras instituições. 

Iêda Leal questionou como será a matriz curricular, a carga horária, a gratificação por exclusividade e se mostrou preocupada também com a situação do projeto pedagógico. No entanto, o subsecretário apenas informou que o projeto já está pronto, nos moldes do Instituto de Co-Responsabilidade Pela Educação e será encaminhado para a Assembleia Legislativa sem alterações no eixo deste projeto. 

Enquanto isso, a comunidade escolar se angustia com a falta de informações. Vilmar Alves, pai de um aluno do Colégio Estadual Juvenal José Pedroso, na Vila Pedroso, informou que na escola não haverá matrícula para o primeiro ano do ensino médio no turno da noite. “Devido à pressão dos pais e estudantes, o subsecretario autorizou o funcionamento do 1º ano noturno apenas para os estudantes reprovados e os nonos anos da escola. Portanto, nenhuma vaga para novatos e de outras escolas”, afirma Vilmar.

“Continuaremos cobrando as informações, faremos uma reunião com as escolas envolvidas no projeto, e também buscar saber como será a realidade das outras 102 escolas de educação em tempo integral”, destacou a presidenta do Sintego.
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