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Reportagem publicada na edição deste domingo (24) do jornal O Popular mostra, mais uma vez, o abandono de uma escola da rede estadual, em Rio Verde. Por falta de espaço, a escola deixou de matricular estudantes este ano. Leia a reportagem completa abaixo. Foto de Fernando Machado.

 

Escola improvisa salas de aula

 

Fernando Machado

 

Alunos e professores de uma escola da rede estadual de educação em Rio Verde, na Região Sudoeste, utilizam salas e biblioteca improvisadas desde 2006. A pintura das paredes e a construção de mais cinco salas, almoxarifado e vestiários no colégio estadual Frederico Jayme foram iniciadas em 2005, mas abandonadas no ano seguinte. Janelas, telhas e materiais de construção, assim como parte da estrutura que já foi erguida, estão deteriorados.

 

Segundo a diretora Sandra Guimarães Ataídes Moraes, a escola deixou de fazer muitas matrículas no início do ano letivo por não ter salas suficientes. Atualmente, cerca de 815 alunos estão matriculados. Com as cinco novas salas, pelo menos mais 200 vagas poderiam ser criadas de imediato somente no período matutino. O salão da escola foi adaptado com paredes de gesso para receber a biblioteca e uma sala de aula. O projeto original é datado de 2002 e o orçamento inicial para a obra era de cerca de R$ 600 mil.

 

A Agência Goiana de Transportes e Obras Públicas (Agetop) informou que as obras foram interrompidas porque o contrato com a construtora foi rescindido. Segundo o órgão, uma equipe será enviada ao colégio para fazer um levantamento do que deverá ser gasto para a conclusão da reforma e ampliação. Somente depois desse processo é que a Agetop diz que poderá ter uma previsão de nova licitação.

 

A Agetop também explicou que depende da escritura do terreno. “Essa necessidade foi repassada à Secretaria de Educação para que o documento seja providenciado”, diz a nota. Procurada pela reportagem, a Secretaria de Estado da Educação garantiu que as etapas da regularização fundiária foram devidamente cumpridas. Conforme a diretora do colégio, a transferência do terreno para o governo já foi feita pela Prefeitura de Rio Verde, cabendo ao órgão do Estado apenas concluir o processo.