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01 de February de 2016 | 10:19

Ato Nacional contra as OSs acontece amanhã (2), em Goiânia

A CNTE não tem dúvida que a contratação de OSs na educação possibilitará um novo fatiamento das riquezas do Estado em mãos de empresários-políticos, tal como ocorre nas concessões de radiodifusão e televisão ou nas permissões de transporte público.

Outro perigo das OSs diz respeito à desqualificação do serviço público, pois as portas voltarão a ficar abertas para o apadrinhamento nas indicações de empregados (sem necessidade de concurso público!), reeditando o coronelismo político sob o pseudo-slogan da eficiência do Estado e de seus servidores/empregados. E em algumas décadas, os servidores públicos poderão desaparecer das escolas, que também deixarão de ser públicas em sua essência.

Por essas razões de ataque ao serviço público e a seus servidores, a CNTE considera a decisão do STF extemporânea, sobretudo após a instituição de uma agenda prioritária para a Educação brasileira, pautada nos compromissos assumidos pelas Emendas Constitucionais nº 43 e 59, nas metas do novo Plano Nacional de Educação e nos avanços legislativos em torno da valorização dos profissionais da educação, de modo que a Entidade orienta sua base social a debater com os gestores públicos a não contratação de Organizações Sociais na educação.

Em razão desse debate social não ter surtido efeito no Estado de Goiás, os/as trabalhadores/as em educação de todo país se juntarão na luta contra as OSs naquele Estado, e em todos os demais, que optarem por essa forma esdrúxula de gestão escolar.

Lembramos que a educação pública brasileira tem GREVE NACIONAL agendada para os dias 15 a 17 de março, a qual poderá se estender indefinidamente caso a opção por OSs na educação seja levada à frente pelos gestores públicos.

Com CNTE